No Reino Unido, uma bebé nasceu dois dias depois de a mãe ter morrido. Jayne estava grávida de 25 semanas quando sentiu uma forte dor de cabeça e desmaiou. Poucas horas depois, no hospital, foi dada como morta. Havia sofrido uma grave hemorragia cerebral e não resistiu. Os médicos, porém, mantiveram-lhe o coração a bater por Aya, a filha pequenina que trazia na barriga. Mas há muito que o coração desta patinadora artística (Jayne foi campeã desta modalidade) batia aceleradamente por Aya.
Durante dois dias Aya viveu dentro do corpo da mãe que já não estava viva. Quando a retiraram, e mesmo antes de desligarem a máquina que soprava para dentro dos pulmões de Jayne, puseram-na no colo ainda quente da mãe. E não consigo pensar em nada mais bonito, mais comovente, mais humano. O Telegraph escreveu que a parteira teve este gesto para que mãe e filha pudessem viver, juntas, um momento precioso, aquele momento precioso do primeiro encontro, do primeiro cheiro. Único, insubstituível, privado. Só delas.
Respiro fundo.
14 de janeiro de 2009
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