26 de fevereiro de 2009

Eles (hoje) sacam tudo

Do tempo em que esperávamos ansiosamente que os filmes, os clássicos, passassem na televisão:



Era um outro tempo. Diferente. Nem melhor, nem pior. Apenas diferente. Mas eu gosto de me lembrar.

Coisas que descobri recentemente

Nunca utilizo a palavra inverosímil. É esquisita.

25 de fevereiro de 2009

Nina



Faria 76 anos por estes dias. O que seria de nós sem ela?

23 de fevereiro de 2009

Ia na rotunda do Marquês e encontrei-o

Oscar night (outro comentário cultural a reter)

Folgo muito em ver o Sean Penn (querido, amado, lindo, beijinho, chuac, sou tua fã forever) de novo com a sua Robin. Diz que estavam para se divorciar e tudo.

E ela a chorar quando ele subiu ao palco? Oh, é bonito.

Oscar night (comentário de elevado valor cinéfilo)

Ai Beyoncé, filha, que era aquilo que botaste a cobrir teu corpinho? Tu que és uma mocinha tão bem apessoada. Que susto, boneca, que susto.


Viram-na? Parecia o próprio do Oscar.

Em manhã de óscares

Nada mais adequado do que revelar, em primeira-mão, os resultados da relevante sondagem sobre hábitos privados dentro da sala de cinema. Quisemos saber que gestos, que atitudes, que sentimentos vivem os nossos domingueiros assim que baixam as luzes da grande sala da vida a fingir. Choram? Pensam nos problemas? Enroscam-se nos amados? Transformam-se em heróis de quimera? Limitam-se a apreciar a película?

Não perguntámos se comem pipocas porque partimos do pressuposto de que não o fazem. Domingueiro que se preze não conspurca um momento de comunhão tão importante como o visionamento de um filme com tal comportamento. A pipoca é proibida, meus amigos. Principal e mormente porque a pipoca do cinema é uma pipoca doce e nós gostamos é de pipocas salgadas.

Bom, adiante. Comecemos pelos românticos. O grupo minoritário neste inquérito. Apenas cinco por cento confessa dar a mão ao seu homem no escurinho do cinema. Isto é, parece que a malta já não vai aos movies para namorar. Agora é cada um na sua cadeirinha, mãozitas em cima do colo e shiu que o filme está a começar. Estranho.
Depois, em segundo lugar (com dez por cento dos votos), empatados, os que pensam na vida e os que se esquecem da vida. Os que ficam a pensar nas encruzilhadas, nas contas, nas dificuldades, no almoço de amanhã e os que se transformam, já ali, no Homem-Aranha ou no Super-Homem. Até ao infinito e mais além.
Seguidamente, com 15 por cento dos votos, as madalenas, os sensíveis, os emocionados. Os que choram sem vergonha, que vergonha é roubar velhinhas e fugir aos impostos. Os que lavam a alma, os que aproveitam para chorar pelos amores estilhaçados e pela promessa que nunca mais se cumpre, os que choram a bom chorar. É bom, é saudável e ajuda a poupar umas massas valentes no psi. Eu apoio. Chato é os óculos ficarem todos embaciados.

E em primeiro lugar, uma verdadeira surpresa. Os objectivos. Quais fantasias, quais quê. Quais lamechices, quais quê. Quais romantismos, quais quê. A gente vai ao cinema porque a gente quer ver um filme. Ponto. Não há cá pão para malucos, nem nenhuma outra expressão idiota cujo significado não se percebe. No escurinho do cinema admira-se a película, não se faz mais nada, que foi para isso que paguei bilhete. Sim, senhor. Tudo bem. É uma opção. Cada um com as suas coisas. The end.

Oscar night


Imagem gamada daqui.

20 de fevereiro de 2009

Constatação

Sabes que chegaste a uma certa idade quando uma das coleguinhas do curso que frequentas em horário pós-laboral te diz (excitada com a viagem de estudo que a turma vai realizar em breve a uma capital europeia): «Nunca estive num hotel!»

19 de fevereiro de 2009

A crise ou como libertar o Salazar que há em nós

Olhando para um talão de desconto:

«Que dia é hoje? 19?! Fuck, já perdi um euro e quarenta cêntimos...»

18 de fevereiro de 2009

A guitarrar é que a gente se entende

Teremos sempre as guitarras.

Uma nova



E outra velha

17 de fevereiro de 2009

Para Ícaro


wingsuit base jumping from Ali on Vimeo.

Dilemas da vida moderna

Uma pessoa lava a louça que se acumulava no lavatório há já três semanas. Depois limpa o resto da cozinha. Tudo muito bem limpinho. Lava o chão, os azulejos, o fogão. Vê-se livre de todos os produtos fora de prazo que estão no frigorífico. Dá uma geral na sala também. Varre o chão, limpa o pó, sacode os tapetes, arruma os livros, endireita as molduras. Muda os lençóis da cama, areja o quarto, guarda a roupa toda que estava em cima da cómoda e da cadeira. Deita fora papéis velhos, sacos rotos, envelopes de facturas vazios, recibos inúteis. Põe a máquina da roupa a trabalhar. Estende a roupa. Lava a banheira. Muda o rolo do papel higiénico. Muda as toalhas. Deita para o lixo todos os frascos de champô desocupados. Lava o balde do lixo. Põe um saco do lixo novo. Sacode os pêlos da gata do sofá. Ralha com a gata porque ela larga muito pêlo. Arruma os discos. Arruma a vida.

E depois fica muito quietinha para não sujar nada.

16 de fevereiro de 2009

Bonita todos os dias

90 euros depois

Sabem aquelas tampinhas das bombas de gasolina de bairro? No chão? Que permitem o abastecimento da bomba? Para depois nós podermos dar de beber aos nossos carrinhos? Sim? Estão a ver? Não se deve estacionar em cima delas.

13 de fevereiro de 2009

Porque hoje está sol




e dá vontade de ver coisas bonitas.

Coisas que descobri recentemente

Nunca vi o Footloose. Nem sabia que foi neste filme que o Kevin Bacon debutou.

12 de fevereiro de 2009

Que saudades do tempo em que os filmes nos tocavam, mas não nos despedaçavam. Que saudades de chorar, mas não de sofrer. Que saudades de pensar que aquilo era tudo muito intenso e muito duro e muito real, mas ainda não nos tinha acontecido. Que saudades de ver um filme e não a nossa vida, os nossos sentimentos, os nossos pensamentos, os nossos medos, as nossas dúvidas, os nossos falhanços, as nossas merdas. Que saudades de dizer é só um filme. Que saudades de ir ao cinema para sentir coisas novas, diferentes. Que saudades de pensar que isto do cinema-verdade é que é.

Eu até nem me posso queixar muito. Sempre tive uma vida bem lixadinha. Nunca me faltou, por isso, matéria-prima da realidade.

Mas agora é diferente. Agora já passámos por aquilo. Já pensámos naquilo. Já sofremos por causa daquilo. Já sabemos como é. Aquilo. A vida. Crescer. Perder.

Isto tudo a propósito desses filmes que por aí andam. O Revolutionary Road e o tal do Benjamin Button e o Milk e essas películas todas muito bem feitas e cheias de frases sentidas e actores a sério e argumentos sólidos. Tudo muito poderoso, muito pensado.

Não sei. Acho que gostava mais quando o cinema era a fingir. E quando aqueles senhores no ecrã não liam os meus pensamentos.

11 de fevereiro de 2009

E depois da chuva

Mais uma semana, mais um inquérito, mais uma profunda e séria viagem à alma dos nossos domingueiros.

Constato com apreço que os frequentadores deste humilde blogue (e gostava de fazer aqui um pequeno parêntesis para dizer que fico contente - porém admirada - que haja uns quantos frequentadores deste vazadouro de inutilidades) são deveras eclécticos quanto aos planos para depois da chuva. Ele há quem vá dar um belo e revigorante passeio de bina pelo Guincho (18 por cento), ele há quem prefira marcar uma viagem e voar por esse mundo fora (também 18 por cento), ele há quem vá mas é dançar um tango e esquecer as agruras da vida (18 por cento). Registo com comoção que certos e determinados domingueiros decidiram fazer um filho depois desta chuvada toda. Sim, senhor. Boa decisão. Depois da tempestade, vem sempre a bonança, não é? (ou o Bonanza, mas isso agora não encaixa aqui muito bem, nem sequer tem graça como era minha intenção que tivesse)

Mas o primeiro lugar vai para os arrumadinhos. Os que, depois da molha, vão estender a roupa. Tudo bem. Estender a roupa é preciso. Vestir roupa lavada é preciso. Mas, ó minhas bombocas de morango, o sol é uma bênção, a vida é uma bênção. A roupa que se dane. A roupa está fora de moda. A roupa é uma prisão. Abaixo a roupa.

Eu cá vou pegar na bicla e vou até à praia. Who's with me?

Revolutionary Road



«É preciso espinha dorsal para viver a vida que se quer viver.»


Revolutionary Road, de Sam Mendes, 2008, com Kate Winslet e Leonardo DiCaprio.
Imagem tirada daqui.

10 de fevereiro de 2009

And can you teach me how to dance real slow?




Era só disso que eu precisava. Só disso.

8 de fevereiro de 2009

34

E o melhor ainda está para vir, certo?

7 de fevereiro de 2009

Marketing em tempo de crise é...

Receber, à laia de prenda de aniversário, uma mensagem da TMN a dizer que, em homenagem ao dia em que fui posta neste mundo cruel, vou ter direito a um bónus de cinco euros na próxima factura. Grandes forretas, desculpem lá.
Uma pessoa chegar à sua 34ª primavera e receber uma mensagem do Instituto Português do Sangue a dizer «ser especial e ser lembrado por muitos. parabéns». Acho querido.


Inciamos agora uma pequena série sobre esse evento fundamental, central e fulcral da vida social da nossa cidade, o meu cumpleaños. Tudo reflexões sem qualquer interesse.

5 de fevereiro de 2009

Coisas que descobri recentemente

O Edward Norton é cá um naco. Vai lá, vai.

4 de fevereiro de 2009

Fiquei bem neste anúncio, não fiquei?



O louro dá-me um ar fino. E também gosto de me ver com aquele rabo.

Desculpa lá, Sunday, tive de copiar.

2 de fevereiro de 2009

É basicamente por isto que eles têm graça

Rapazinho de quatro anos para a mãe: «Mãe, sabes de onde é que vem a voz?»

Mãe, respondendo-lhe: «Sei, das cordas vocais.»

Rapazinho outra vez: «Pois é. Adoro isso!»

Gosto da vida a preto e branco



Gaslight, de George Cukor, 1944, com Charles Boyer, Ingrid Bergman e Joseph Cotten.

1 de fevereiro de 2009

I love you. Até quando?

E com 72 por cento dos votos, ganham os românticos (ou líricos, ou ingénuos, ou esperançados). Um grande amor, diz a maioria dos leitores do domingo, pode durar a vida toda. Todinha. Como nos filmes. Amor à séria. Coisa séria. Para sempre.

Está certo.

Em segundo lugar, com 16 por cento dos votos, os que acham que um grande amor pode durar apenas uma tarde de domingo. Um sopro. Um beijo demorado. Um encontro. Uma dança. Um poema. Serão estes os verdadeiros românticos? Um amor breve. Mas grande. O maior de todos, quem sabe.

E em terceiro lugar, os práticos. Pois que um grande amor pode durar sete anos, dizem 12 por cento dos nossos vontantes. Deu tempo para viver, para sentir, para fazer filhos, para sonhar, para acabar. Ao fim de sete anos, kaput, siga para bingo.

E assim aqui estão, ainda quentinhos, os resultados da maior sondagem ao coração realizada nos últimos anos em Portugal pelo sempre à vossa disposição domingo à tarde. É o retrato fiel, fidelíssimo, do que pensam o luso e a lusa acerca dessa coisa bonita que é o amor.

Uma última palavrinha aos românticos do forever: votaram no "para sempre", não foi? Agora, toca a trabalhar para isso, tá?